Olá! Como estão?
Ontem finalmente fizemos o jantar da irmandade, mesmo a Rita que estava longe esteve sempre por perto, estiveste connosco =)
O que é esta irmandade? Alguém (Quem foi mesmo?) apelidou-nos de irmandade Siddartha do Kung Fu pois vamos buscar ensinamentos ao livro Siddartha e ao grande mestre Kung Fu Panda =)
Este pequeno grupo surgiu da caminhada que fizeram para Santiago enquanto eu estava no Sri Lanka, eu falei neles na altura. Fazem parte o Carlos, a Raquel, a Rita, o Rui e a Sofia, todos nós temos em comum a EA mas aos longos dos tempos vemos que existe algo mais!
Ontem o encontro foi cá em casa, cada 1 ficou com 1 tarefa, a mim calhou-me fazer o jantar, não só lá grande craque na cozinha, devia saber muito mais tendo na família tão bons cozinheiros, acho que ainda estou a tempo de aprender, tenho tempo para isso =)
Depois de muita conversa, muitas partilhas acerca do mundo do voluntariado, as posições que se devem tomar, o testemunho que se deve passar passamos para aquilo que nos é especial, a oração.
Nos tempos que correm muitos poucos jovens se juntam para ter estes momentos mas nós sentimos que estando em oração estamos em partilha com as outras pessoas que nos são especiais e que por 1 ou outro motivo estão longe de nós, como é o caso da mana Rita.
Devem pensar que sou um grande beatão, tenho ainda muitas dúvidas, estou sempre em constante aprendizagem e estas orações são especiais porque de nós os 6, 4 são praticantes e outros 2 não são mas conseguimos encontrar o nosso espaço, a nossa oração é feita sempre por nós com temas escolhidos ao pormenor e sempre com espaço para falarmos sobre isso, acabamos sempre por partilhar muito. Ainda há pouco a mandar um mail à Sofia lhe dizia que podemos falar todos os dias mas há sempre coisas para partilhar e os textos ajudam.
Ontem foi o mano Rui que preparou e que bem correu, ainda dizia que não estava inspirado!
Vou vos deixar aqui um "pequeno" texto que já tinha sido partilhado antes e que ontem foi usado, podem acompanhar com o video:
"Agora Nunca é Tarde"
Cada um de nós nasce com um artista lá dentro. Um poeta, um escultor, um aventureiro... um cientista, um pintor, um arqueólogo, um estilista, um astronauta, um cantor, um marinheiro. E o sonho e a distância, e o tempo e a saudade deram-nos vida, amor, problemas, mentiras e verdade; e damos por nós mesmos descobrindo que agora, se calhar, já é um pouco tarde. E nas memórias velhas e secretas da menina morou sempre aquele sonho de um dia ser... bailarina, actriz, modelo, princesa, muito rica; eu sei lá! Mas os anos correram num assombro, e a vida foi injusta em qualquer jeito para a chama indelével que ainda arde. E os filhos são bonitos no seu peito. Pois é... mas agora... agora já é tarde. E nos papéis antigos que rasgamos há sempre meia dúzia que guardamos. São os planos da conquista do Pólo Norte que fizemos aos sete anos, escondidos no sótão uma tarde, e estiveram perdidos trinta anos. E agora, se calhar, maldita sorte! Por desnorte, acaso ou esquecimento, alguém já descobriu o Pólo Norte e agora... agora pronto, agora já é tarde. Há sempre nas gavetas escritores secretos, cientistas e doutores, desenhos e projectos construtores feitos em meninos de tudo o que sonhámos fazer quando fosse a nossa vez! Cientistas em busca de Plutão, arqueólogos no Egipto, viajantes sempre sem destino, futebolistas de sucesso no Inter de Milão. E o curso da vida foi traidor, e o curso da vida foi cobarde, e o ciclo do tempo completou-se, e agora... e agora pronto, paciência, agora já é tarde... Agora é tarde. Emprego, casa, filhos muito queridos, algum sonhar ainda com amigos, às vezes sair, beber uns copos p’ra esquecer ou p’ra lembrar, e fazer ainda um certo alarde, talvez para esconder ou para abafar, como é já tão demasiado e tão impiedosamente tarde... Não... mas não, não;
nunca é tarde para sonhar! Amanhã partimos todos para Istambul, Vladivostock, Alasca, Oslo, Dakar!
Vamos à selva a Timor abraçar aquela gente e às montras de Amsterdam (que eu afinal também não sou diferente). Chegando a Tóquio são horas de jantar, depois temos de voltar a Bombaim, passando por Macau e Calcutá, que eu encontro Portugal em todo o lado e mesmo fugindo nunca saio de mim. E se esse marinheiro, galã, aventureiro, esse, que já não há, pois que me saiba cumprir com coerência, nos limites decentes da demência, nos limites dementes da decência; e cumpramo-nos todos, já agora, até ao fim, no que fazemos, na diferença do que formos e dissermos! E perguntando, criando rebeldias, conferindo aquilo que acreditamos e que ainda formos capazes de sonhar! E se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias não for coisa que se cheire ou nos deslumbre, que pelo menos nunca abdiquemos de pensar com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente. E será talvez uma forma inteligente de, afinal, nunca... nunca, nunca ser tarde demais para viver, nunca ser tarde demais para perceber, nunca ser tarde demais para exigir, nunca ser tarde demais para ACORDAR. "
nunca é tarde para sonhar! Amanhã partimos todos para Istambul, Vladivostock, Alasca, Oslo, Dakar!
Vamos à selva a Timor abraçar aquela gente e às montras de Amsterdam (que eu afinal também não sou diferente). Chegando a Tóquio são horas de jantar, depois temos de voltar a Bombaim, passando por Macau e Calcutá, que eu encontro Portugal em todo o lado e mesmo fugindo nunca saio de mim. E se esse marinheiro, galã, aventureiro, esse, que já não há, pois que me saiba cumprir com coerência, nos limites decentes da demência, nos limites dementes da decência; e cumpramo-nos todos, já agora, até ao fim, no que fazemos, na diferença do que formos e dissermos! E perguntando, criando rebeldias, conferindo aquilo que acreditamos e que ainda formos capazes de sonhar! E se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias não for coisa que se cheire ou nos deslumbre, que pelo menos nunca abdiquemos de pensar com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente. E será talvez uma forma inteligente de, afinal, nunca... nunca, nunca ser tarde demais para viver, nunca ser tarde demais para perceber, nunca ser tarde demais para exigir, nunca ser tarde demais para ACORDAR. "
e a reflexão pedida era:
Esta na hora de encontrarmos o artista, o poeta, o escultor ou a bailarina que temos cá dentro. O que é feito dos nossos sonhos, daquilo que mais gostamos de fazer e em nos sentimos melhores, mais úteis para os outros e para nós próprios?
Esta na hora de encontrarmos o artista, o poeta, o escultor ou a bailarina que temos cá dentro. O que é feito dos nossos sonhos, daquilo que mais gostamos de fazer e em nos sentimos melhores, mais úteis para os outros e para nós próprios?
Foi um grande serão, com direito a dinâmica e tudo que 1 dia irei partilhar para fazerem também com os vosso amigos, grande Miss India!
E falando 1 pouco mais de mim: estou bem, já comecei a minha vida de enviar CV, em 50 já obtive 2 Nãos e 48 sem resposta, ainda tenho esperança!
E falando de sonhos, eu nem sonho com muito, apenas algum dinheiro para pagar casa, comida e que tenha tempo para estar nas minhas coisas chega, é pedir muito =)?
beijos e abraços a todos