Às 9:30 já estava o carro à nossa espera, fomos dar 1 volta de reconhecimento por Colombo, tal como todas as cidades coloniais aqui ficou a marca no traçado das ruas e nas fachadas das casas do centro, aqui com um estilo mais inglês.
Colombo é mesmo uma cidade invulgar ou algo que ainda não tinha visto, aqui podemos ver todas as religiões presentes: temos os templos budistas, mais a frente uma igreja católica, um pouco mais ao lado uma mesquita e ao lado um templo Hindu, 4 das maiores religiões estão cá presentes e conseguem conviver uns com os outros. É verdade que a guerra civil que assolou o país teve uma questão religiosa, Os cingaleses que são budistas contra os tamil que são hindus mas penso que isso não se notou muito em Colombo, foi mais nas partes Norte e Este, onde eu vou viver.
Nesta visita por Colombo tivemos tempo para parar na igreja de S. António, um santo bastante venerado pelos locais, seja de que religião for. Acho que é o santo protector dos pescadores, vou ter que investigar mais isso. Dou por mim a pensar que a igreja católica chegou cá pela mão dos Portugueses e mesmo com a nossa saída e com a presença dos Holandeses e Ingleses conseguiu-se manter, dá que pensar…
Às 12:00 tínhamos combinado ver o Centro Dialogo e Religião, um projecto também financiado pela AMI, estivemos na conversa com o Responsável Padre Juan Silva, na congregação dos Oblatas. Mostrou-nos o centro e todo o trabalho que têm desenvolvido, foi-nos pondo a par da situação do país, das dificuldades, dos receios, uma boa conversa para começar a estadia por cá. Como estava presente convidados que éramos nós, inaugurou-se a sala de gravação áudio / rádio, tem muito potencial pois dará para quem quiser gravar Cds, espaço para bandas tocarem, entre outras coisas.
Da parte da tarde fomos até Magonna, local onde a AMI ficou na altura do Tsunami de 2004, visitamos os orfanatos que foram apoiados por eles: St. Vicent Home e Don Bosco Home, até há um livro de Manuel Grillo que fala sobre a sua experiência nesta casa, ele ficou lá durante algum tempo, penso que se chama “Depois do Tsunami”, a ler.
No Dom Bosco Home fomos recebidos pelos irmãos que nos mostraram as várias valências da casa, há computadores, há máquinas de costura, há biogás, há criação de porcos, tem muito potencial mas tal como em África, sem manutenção das coisas tudo se perde e é o caso., tem que haver a cultura de gastar parte do dinheiro também em manutenção… Esta casa tem capacidade para 120 rapazes mas actualmente só têm 60, estão 2 pisos por ocupar. Houve uma descida do nº de rapazes porque o governo deixou de apoiar crianças com mais de 16 anos, só apoiam se tiverem a fazer algum tipo de formação.
Depois desta visita ainda arriscamos ir até Galle, uma das cidades mais importantes na história mas a meio do caminho decidimos desistir, não conseguiríamos chegar a tempo ao hotel, só tínhamos o carro até as 21:00, ficou para uma próxima visita.
Como o dia foi bastante cansativo, foi chegar ao hotel, jantar e quarto. Tenho é que contar um episódio: a meio da noite recebo uma chamada no quarto, eu a pensar que era algum dos 2 que estava comigo mas não, era uma mulher a perguntar se queria fazer uma massagem… Eu agradeci e disse que não estava interessado. Fiquei a pensar: como é que eles sabiam que estava sozinho no quarto? De certeza que o hotel entra em contacto com elas e depois fica com uma parte, que grande máfia…
4 comentários:
Que bonito...
Um dia no Sri Lanka e já estavas a descobrir como funciona o sub-mundo dos negócios!
Abraço
Mano Bob não esquecer que tenho a minha veia chinesa e eles gostam de fazer negócios! É juntar o Chinês e o Indiano e esperar para ver no que vai dar... Abraço
Uma massagem a meio da noite? E ligam assim sem mais nem menos? Interessante, se calhar não era máfia mas sim cortesia do hotel, será? :)
Catarina: Cortesia? não me pareceu mas na próxima pergunto se é de borla =)
bjs
Enviar um comentário