Este foi o texto que o mano Carlos escreveu há dias no caderno EA.
Mano Carlos faz parte dos grupo Sidharta que vos falei há pouco tempo, os tais 5+1 que foram fazer o caminho português até Santiago, no outro dia foi a mana Sofia quem escreveu a oração.
Este texto foi retirado de um livro que partilhei com o Carlos quando tivemos em missão em 2008 em Mecanhelas, depois disso ele levou-o até Quissico onde fez missão por 1 ano.
O livro é “O Príncipe e a Lavadeira”, escrito por um padre jesuíta Pe. Nuno Tovar de Lemos e tal como o Carlos costuma dizer é um livro que chega a todos, não é preciso ser católico, o Carlos não é, para se perceber o que ele quer dizer, é verdade que fala no amor de Deus mas esse mesmo amor pode ser visto também o amor que temos e damos ao próximo, as ligações que se criam e que vão ficando, tanta e tanta coisa…
“(…) Essa é a primeira grande tentação dos homens, a tentação do "dar-se-sem-se-dar", brincar ao amor sem se comprometer. Tocar sem se deixar afectar, sem perder as suas seguranças. Os homens querem deixar sempre livre o caminho de regresso. Então dão-se, mas não se dão. Querem ter a sensação de que amam, mas sem correr nenhum risco pessoal. E então dizem uns aos outros: "Amo-te muito mas não estou preparado para assumir nenhum compromisso, já tenho muitas questões na minha vida." Ou então: "Ajudo-te a resolver os teus problemas desde que não me envolvas pessoalmente na tua situação!" Ou ainda: "Deixa-me cativar-te. Mas amanhã não me venhas bater à porta." Não entendem nada. Amar é deixar que a carga do outro passe para nós. Uma espécie de transferência, entendes? Por isso é que antes de cada acto de amor devemos pensar se estamos preparados para ele. Quando amamos tornamo-nos frágeis. Então achamos mais fácil guardar sempre uma certa distância cada vez que amamos, de modo a nunca corrermos o risco de ser afectados.”
“O Príncipe a Lavadeira”, Pe. Nuno Tovar de Lemos
De certeza que ao longo das nossas vidas tivemos estes momentos e o que fizemos? Em vez de fugirmos porque não abraçamos o outro? Podemos e devemos ajudar o próximo nos problemas, nas alegrias, porque hoje pode ser 1 amigo a precisar e amanhã podes ser tu e de certeza que gostarás de ter alguém em quem apoiar…
Ps – um dia irei escrever um pouco mais sobre algumas pessoas que são referências e apoios para mim, tenho pensado nelas e tenho a sorte de estar rodeado de pessoas boas e que me aceitam tal como sou, com todos os defeitos e qualidades.
6 comentários:
Isso é tudo muito bonito, mas também a ingratidão é infelizmente uma realidade. É que por vezes podemos ajudar os outros e em troca nada recebemos. É verdade que devemos "fazer o bem sem olhar a quem", mas isso nem sempre é fácil e é com naturalidade que muitas das vezes ajudamos os outros porque temos a legítima esperança de que um dia, quando precisarmos, os outros também possam lá estar para nós. Eu próprio já abri algumas vezes os olhos quando constatei que há gente que não merece ser ajudada.
Realmente ao ler as palavras do Pe. Nuno revejo algumas situações que ocorreram na minha vida. Tinha uma amiga que vivia uma situação de terror com o marido(violencia domestica) e ajudei-a como pude, mas sempre lhe pedi para não me envolver. Tinha medo que ele me fizesse algo, já que ele era(e é) completamete desiquelibrado. Resumindo depois de lhe arranjar alguem que a ia ajudar a mudar-se para outra cidade ela decide ficar com ele. Claro que as promessas dele deram buraco e passado pouco tempo as coisas voltaram à violencia normal.Estão separados mas quanto sei continua a fazer-lhe a vida negra.
Agora quanto ao amor(aquele amor entre duas pessoas)não entendo certas atitudes de naõ se querem envolver. Pior ainda, naõ entendo quando se diz"olha vamos dar um tempo para ver se sentimos a falta um do outro". Ou se ama, ou não se ama!
Mas o ser humanao tem tendencia acomplicar as coisas mais simples.
Desculpe a invasão, ams cheguei aqui atraves de um outro blog. Gosto de conhecer blogs novos.
Boa semana
Firehead: Não é esperar que quando precisarmos termos lá alguém mas fazermos a boa acção porque achamos que a devemos fazer... Claro que há ingratidão, há pessoas que não merecem esse esforço mas falando por mim, olha dou 1, doi 2, dou 3 oportunidades, as que forem preciso, às vezes devia era abrir os olhos mas... abraço
Maria: A porta está sempre aberta, podes vir visitar sempre que quiseres!
Em relação ao caso que retratas, não é um caso único, existem vários e infelizmente não vejo solução para isso ou até vejo mas que raramente são tomadas como a denuncia ou deixar de 1 vez por todas...
Eu não percebo os tempos que os namorados pedem, já me tentaram explicar mas mesmo assim não compreendo, quando se gosta quer-se ficar junto não é? o tempo é para quê?
beijos
Navegando cheguei por aki e gostei!
Já estou seguindo ...
Se puder visita meu blog!
Bj
Na minha opinião o problema dos relacionamentos nos dias de hoje é exctamente esse que o texto fala. As pessoas querem amar e ser amadas mas sem se entregaram.
Ao amor de Deus/Buda/Ala/Energia Superior ou aquilo que lhe quiseres chamar, eu chamo de amor incondicional. Que é só o melhor amor que se pode dar e receber.
Beijinhos
Jussara: aparece sempre que quiseres, irei ao teu também dar 1 vista de olhos. bjs
Joana: Amor sem entrega não é amor, pelo menos é o que eu acho!
Quando se ama é amar por completo e isso é dar e receber porque tudo que acontece há sempre as 2 coisas.
bjs
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